O projeto PULSAR visa mapear as experiências de profissionais de saúde LGBTQ+ em Portugal. Como mostra a literatura recente, os/as profissionais de saúde LGBTQ+ são frequentemente negligenciados/as no seu papel de promoção e implementação de práticas de saúde inclusivas. Por um lado, enfrentam o estigma e a discriminação também vividos pelos doentes LGBTQ+ e optam frequentemente por esconder a sua identidade ou suportar pressões adicionais relacionadas com o trabalho. Por outro lado, representam uma chave fundamental no fornecimento de experiência e conhecimento para melhorar a inclusão em ambientes de cuidados de saúde.

No contexto português, o tema ainda não foi explorado e a investigação existente, ainda que escassa, está focada nas experiências de doentes LGBTQ+. O PULSAR pretende ser a primeira exploração das experiências de profissionais de saúde LGBTQ+ no país e, por isso, tem uma forte relevância tanto para os campos nacional como internacional.

A escolha do nome PULSAR evoca dois aspetos-chave do projeto. Em primeiro lugar, em inglês, um “pulsar” é uma estrela pequena, mas densa, que emite sinais fora dos seus polos magnéticos: metaforicamente, embora os/as profissionais LGBTQ+ possam representar apenas uma pequena parte da população geral de prestadores de cuidados de saúde, são elementos-chave na produção de práticas e desencadeiam mudanças que vão muito para além dos ambientes de cuidados de saúde.

No entanto, “pulsar” em português é um verbo que significa “pulsar” ou “bater”, sendo frequentemente utilizado para indicar o bater do coração: neste sentido, o projeto pretende explorar um centro vital, embora menos conhecido, de inovação nas práticas de saúde e valorizar as suas potencialidades e vivacidade.

O projeto PULSAR tem uma forte componente exploratória e visa produzir um impacto duradouro na transformação dos cuidados de saúde, produzindo orientações, envolvendo as principais partes interessadas e valorizando as experiências incorporadas.